quinta-feira, 19 de maio de 2011

A convergência digital não é só digital

Quando se fala de convergência digital pode soar como algo distante, transformações tecnológicas e que não têm nada a ver com nosso cotidiano. No entanto, sabemos que tais mudanças estão integrando cada vez as pessoas no universo midiático e transformando suas vidas nos canais de mídia. Logo, essas novas interfaces representam não só mudanças tecnológicas, mas também culturais. Citando Jenkins:

A convergência também ocorre quando as pessoas assumem o controle das mídias. Entretenimento não é a única coisa que flui pelos múltiplos suportes midiáticos. Nossas vidas, relacionamentos, memórias, fantasias e desejos também fluem pelos canais de mídia. Ser amante, mãe ou professor ocorre em suportes múltiplos. Às vezes colocamos nossos filhos na cama à noite e outras vezes nos comunicamos com eles por mensagem instantânea, do outro lado do globo.  (JENKINS, 2008, p. 43).

E isso também ocorre com a mídia. Não só com sites e Internet, mas também com a TV, o rádio e os demais media. Cada vez mais os programas são ou devem ser híbridos e transmidiáticos. Um exemplo disso é o Big Brother Brasil (BBB). Produto da convergência digital, o programa ultrapassa as barreiras da televisão e é feito para navegar entre as mais diferentes mídias: celular, TV por assinatura, internet, redes sociais. Então não pense que este universo está longe de você!

Referência do livro citado:
·      JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Artigo saindo do forno

Olá, pessoal! Estou preparando um artigo sobre os temas discutidos aqui no blog e achei legal colocar o resumo por aqui. Até mais!

Este artigo propõe uma reflexão sobre como as mudanças tecnológicas modificaram o posicionamento do consumidor e os hábitos de consumo. A partir de um diálogo com autores que tratam do tema, especialmente Henry Jenkins, Manuel Castells e Alan Charlesworth, pretende-se discutir como a convergência digital afeta o ato de consumir ao interligar pessoas no universo virtual e de que maneira essas relações refletem na compra de bens materiais e intangíveis.
                                                                                                                            
Palavras-Chave: convergência digital, mídia, consumo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Virou notícia

Nova seção aqui no blog. O "Virou notícia" vai trazer matérias e informações que saíram na mídia sobre os temas abordados no nosso espaço. Segue matéria do G1 sobre a legalização das lan houses, via de acesso à internet para metade dos brasileiros.

Câmara aprova projeto que regulamenta lan houses

Estabelecimentos passam a se chamar centros de inclusão digital.
Centros serão obrigados a registrar nome e identidade do usuário.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (19) a regulamentação do funcionamento das lan houses, que passam a se chamar centros de inclusão digital. O texto prevê que os estabelecimentos sejam obrigados a registrar nome e identidade dos usuários, mas não prevê punições.
O projeto ainda precisa ser votado no Senado antes de virar lei.
O texto incentiva a legalização das lan houses e determina que elas criem instrumentos para impedir o acesso de menores a conteúdos adultos.
Os estabelecimentos terão ainda prioridade no acesso às linhas de financiamento especiais da administração pública para aquisição de computadores, de acordo com a proposta.
De acordo com o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do projeto na Câmara, quem ganha com a regulamentação das lan houses é o usuário. "As lan houses poderão se equipar melhor, firmar parcerias com o poder público e elas passarão a ter uma vida dentro da ordem jurídica. Sairão dessa situação à margem da sociedade", disse o deputado ao G1 após a aprovação do projeto.
Otávio leite afirmou que a estimativa é que 48% dos brasileiros acessem a internet por meio de lan houses. Na área rural, segundo ele, o índice chega a 58%.
"A regulamentação é importante porque define a lan house como um estabelecimento que oferece serviço de locação de computador para acesso à internet. Antes, as lan houses eram concebidas como casas de jogos, o que não é o caso. As lan houses deixam de ser o gueto do proibido e passam a ser centros de inclusão digital", afirmou o relator.
Banda Larga
De acordo com o deputado Otávio Leite, as lan houses passam a ter prioridade também no sistema de banda larga. "Isso é extremamente importante porque o serviço fica tecnologicamente atualizado. O usuário é quem vai dispor dessa tecnologia."
O Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) foi lançado em maio de 2010 e tem o objetivo de universalizar a internet rápida no país.

Indicação de livros

O post de hoje é bem rapidinho. Apenas para indicar algumas leituras para quem deseja se aprofundar um pouco mais nos temas tratados no blog. Para saber onde comprar é só apertar no link!
- A Sociedade em Rede - Manuel Castells
Cultura da Convergência - Henry Jenkins
- Condição pós-moderna: pesquisa sobre as origens da mudança cultural - David Harvey
- As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática - Pierre Lévy


Boa leitura!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Conectados: ideias abertas sobre cibercultura

A partir da globalização o dinamismo social se intensificou: a circulação de capital se acelera, as fronteiras de espaço e tempo desmoronam e o mercado é conquistado cada vez mais através de novas tecnologias que permitem comunicação rápida, eficaz e atingem pessoas ao redor de todo o globo.
A todo o momento somos bombardeados por informações, que chegam de maneira cada vez mais rápida e pelas mais diferentes vias: celular, Ipod, computador. De alguma forma, estamos permanentemente conectados com o mundo – ou ao menos com a realidade construída pelo mercado, a qual temos acesso por meio destas novas tecnologias.
Essa mudança tecnológica e cultural que está repaginando a comunicação e as relações ao redor do globo. É o que francês Pierre Lévy chama de cibercultura e Castells de “Revolução nas Tecnologias da Informação”. Plataformas como a Internet mudaram o posicionamento do público e o próprio ato de consumir. As novas tecnologias estão gradativamente interligando as pessoas no universo midiático e isso se reflete no consumo de bens materiais e intangíveis. Nunca se teve um acesso tão grande a informações sobre um produto nem às opiniões de tantos consumidores sobre ele. Além disso, há o fenômeno dos blogs que ditam tendências e influenciam na decisão de compra. É sobre esses assuntos que esse blog pretende discutir.